sexta-feira, 18 de março de 2011

Dos quinze aos vinte.


Aos quinze eu queria ter uma banda, ter um monte de amigos, largar a escola, conhecer todos os pubs da cidade, aprender a fazer drive(uma técnica para rasgar a voz quando canta), colocar um piercing, saber improvisar no piano, viajar para os EUA, pintar o cabelo, arranjar um emprego...

Hoje eu sou tudo o que eu queria ser no passado, mas não sou tudo o que eu quero ser no presente.

sábado, 12 de março de 2011

Fim de semana dos sonhos.

Era sábado. Mas não era qualquer sábado, qualquer fim de semana. Pelo menos isso era o que havia em minha mente, era o que eu previa. Às vésperas de uma semana extremamente corrida, planejava viver um fim de semana intenso, para sobreviver à luta dos próximos dias.
O alarme do despertador tocou às 10:00 da manhã. Pulei da cama e fui me aprontar para o churrasco de aniversário de um amigo meu. Meus pais estavam viajando e só voltariam na segunda. Minha irmã estava dormindo e pelo jeito só levantaria depois de 12:00. Peguei o carro segui para o local da festa, numa chácara próxima ao Varjão.
Chegando lá, o rock já estava rolando solto, com direito à Pearl Jam, The Police e Stone Temple Pilots. Havia bastante gente, e o clima era agradável. O aniversariante em questão era baterista da banda que estava tocando no evento. Pouco depois de me avistarem, me chamaram para dar uma canja na música "With or without you" do U2. A festa estava bastante animada, muitos dos meus amigos estavam lá. Só tomei uma garrafa de Smirnoff Ice porque estava dirigindo, mas mesmo assim me diverti um bocado.
Fim da tarde, hora de ir embora. Cheguei em casa exausta, o telefone não parava de tocar. Minha irmã estava na sala assistindo filme com a amiga e atendia os telefonemas sempre respondendo "não, é engano, você ligou para o número errado". Tocou de novo o telefone e corri para atendê-lo. Um colega de um amigo meu estava me procurando. Era produtor de eventos, estava organizando um grande show de rock e me convidou para fazer parte da programação. Estava meio parada de shows e aceitei numa boa, toda contente. Fui dormir.
Domingo, dia tipicamente entediante. Meu namorado acabara de voltar de viagem e me chamou para dar um pulo no park way, perto da Roda do Chopp. Chegando lá, me deparo com uma casa simpática, bem bonita mesmo e o carro dele estacionado. Achei muito estranho porque ele não morava lá. Em seguida, ele me aparece com um anel na mão. Me pediu em casamento, e eu chorando aceitei. Colocou o anel de noivado, de ouro branco no meu anelar direito. Quanta felicidade! E como se não bastasse, aquela casa simpática era nossa. Entrei lá, a casa era escura por fora, e por dentro o piso era todo xadrez, preto e branco. Em cada quarto havia um instrumento diferente, e eu que nunca tive um piano de verdade, me deparei com um piano de calda na sala! Todos os móveis estavam postos e a varandinha que dava para o quintal possuia uma mesa baixa, forrada com uma toalha do Cebolinha. Era sinal de que até para os filhos meu noivo estava preparado. E no segundo andar tinha um sótão. Sempre quis ter um sótão em casa...


- Postado ao som de "Alive" do Pearl Jam.